157.Coração - 심장

Hello, tudo bem com vocês queridos? Espero que sim, mais uma vez trago mais um da série textos góticos... Brincadeira, como sempre eu quero agradecer aos comentários do meu texto anterior sobre anorexia, foi incrível saber que um texto simples faz você mudar e se conscientizar de tanta coisa, esse é meu sonho, fazer com que meus textos um dia possam mudar o mundo, bem quem sabe, ainda tenho que melhorar muito!
Esse é sobre um assunto que eu andei pesquisando e escrevendo muito, doação de órgãos, não acho que seja um assunto muito polêmico, mais nunca deixou de ser importante, felizmente soube que o Brasil ano passado teve um aumento de 5% em doadores de órgãos, o que foi incrível, e espero que esse número só aumente, e que as pessoas se conscientizem que podem salvar a vida de outras pessoas. Futuramente eu serei uma doadora, já conversei com meus pais sobre o assunto, e seria muito bacana que muitos também começassem a pensar nisso, por isso fiz esse texto e deixo meu questionamento para vocês, você seriam doadores de órgãos?



Conviver com a dor da perda é pior do que saber da notícia que você nunca poderá tocá-lo, sentir seu cheiro, escutar sua risada ou faze ovos com bacon no café da manhã que ele tanto amava.
"Mãe? Eu amo você."
Nunca mais ouvir essas palavras, felizmente esse som está vivo na minha cabeça como um CD de apenas uma faixa, era a única coisa que me faz parar de chorar e me livrar da insanidade.
- Querida, vamos!
No caminho ao hospital, a imagem de Frank apareceu, principalmente do acidente no sábado a noite, meu filho... Meu marido apreensivo me mandava respirar fundo enquanto estacionava o carro, isso me deixava cada vez mais nervosa.
- Senhores por aqui! - falou a enfermeira e nós a seguimos.
Não sei se a mão do meu marido me apertava ou era minha que fazia isso, o corredor parecia mais longo, o que alimentava essa ansiedade que estava acabando comigo.
A enfermeira nos mandou entrar na sala, estava cheia de balões coloridos, cartinhas coladas por toda parte, o que tirou a tristeza e monotonia do lugar. Na cama havia um garotinho brincando com o seu vídeo game, as lágrimas já desciam sem parar. Me aproximei da cama e sentei ao lado dele, que imediatamente largou o brinquedo e deu um largo sorriso para mim.
- Posso... posso sentir?
Afirmou, coloquei minha mão em cima do peito da criança, senti seu coração bater, cada vez mais forte, a criança ria das cocegas, o que me fez rir também. 
Era o Frank, o coração do Frank ali, batendo forte, era ele. Abracei a criança e afundei meu rosto em seu peito, chorando agora de alegria, a abracei como se ela fosse o meu Frank... Meu Frank, seu coração.
- Obrigada... por me salvar. - sussurrou o pequeno.
Eu nunca me esqueceria dessas doces palavras.
"... me salvar"